Fale conosco por WhatsApp

#JULHOAMARELO: Atenção às hepatites virais e à saúde do fígado

mulher sentindo incomodo no figado por causa de hepatites virais

O Julho Amarelo é uma campanha dedicada à conscientização das hepatites virais e à saúde do fígado

Seu objetivo é alertar as pessoas sobre os riscos e os sintomas das hepatites virais, informar sobre a possibilidade de prevenção e tratamento, além de auxiliar na conscientização quanto à importância de uma dieta saudável, prática de exercícios e o hábito de consumir álcool com moderação. 

As hepatites virais são uma das doenças mais comuns do mundo, responsáveis por cerca de 1,3 milhão de mortes por ano. 

Essas doenças são causadas por um vírus que ataca o fígado, podendo provocar sérios danos à saúde. No entanto, a boa notícia é que é possível preveni-la. 

Ao longo deste artigo, vamos abordar os diferentes tipos de hepatite viral, formas de prevenção e tratamento, além de informar sobre os riscos associados à doença. 

Leia também: #MARÇOAZUL: Conscientização e prevenção do Câncer Colorretal

Tipos de hepatites virais

Existem vários tipos de hepatites virais, sendo as mais comuns a hepatite A, a hepatite B e a hepatite C. Vamos conhecer mais sobre cada uma delas agora mesmo:

Hepatite A

A hepatite A é causada pelo vírus VHA e é transmitida principalmente por via fecal-oral. Isso ocorre por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes de uma pessoa infectada. 

Os sintomas geralmente incluem fadiga, náuseas, febre, perda de apetite e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos). No entanto, muitos casos de hepatite A são assintomáticos. A boa notícia é que existe uma vacina segura e eficaz disponível para prevenir a infecção pelo VHA.

Hepatite B

A hepatite B é causada pelo vírus HBV e é transmitida através do contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen e secreções vaginais. A transmissão pode ocorrer de mãe para filho durante o parto, por contato sexual desprotegido, compartilhamento de agulhas contaminadas e exposição a objetos pessoais infectados. 

Esse tipo de hepatite pode variar em gravidade, desde uma infecção aguda que se resolve espontaneamente até uma infecção crônica que pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. A vacina contra a hepatite B é uma medida preventiva fundamental para reduzir o risco de infecção.

A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção.

Hepatite C

A hepatite C é causada pelo vírus HCV e é transmitida principalmente pelo contato com sangue infectado. Isso pode ocorrer através do compartilhamento de agulhas contaminadas entre usuários de drogas injetáveis, exposição a instrumentos médicos não esterilizados ou transfusões de sangue não testado. A hepatite C também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto e, embora seja possível, é menos comum a transmissão sexual. A infecção crônica por hepatite C pode levar a doenças hepáticas graves, como cirrose e câncer de fígado. Atualmente, existem tratamentos eficazes disponíveis para esse tipo de hepatite, o que torna o diagnóstico precoce essencial.

O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, os que mais aparecem são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando a infecção pelo HCV persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica.

Hepatite D

A hepatite D é causada pelo vírus VHD, mas só pode ocorrer em indivíduos já infectados pelo vírus da hepatite B. O VHD depende do VHB para se replicar e, portanto, a transmissão ocorre principalmente da mesma forma que a hepatite B. 

A hepatite D agrava a doença hepática causada pelo VHB, aumentando o risco de doença crônica e complicações graves. A prevenção é semelhante à hepatite B, através da vacinação.

Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Hepatite E

A hepatite E é causada pelo vírus VHE e é transmitida principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes de uma pessoa infectada. A hepatite E é comum em áreas com más condições de saneamento e higiene. 

Os sintomas são semelhantes aos de outras hepatites virais, como fadiga, náuseas, icterícia e febre. A maioria dos casos de hepatite E é aguda e se resolve espontaneamente, mas a infecção pode ser grave em mulheres grávidas. 

Infelizmente, não existe uma vacina amplamente disponível para a hepatite E, e a prevenção é baseada principalmente em medidas de higiene e saneamento adequados.

As hepatites virais são doenças silenciosas e graves. O diagnóstico precoce amplia a eficácia do tratamento, por isso consulte regularmente um médico e faça os testes necessários.

Leia também: Quando procurar um endocrinologista?

Prevenção

A prevenção das hepatites virais é fundamental para evitar a disseminação dessas doenças. Medidas simples, como lavar as mãos com frequência, consumir água potável, ter cuidado com a higiene dos alimentos e evitar o compartilhamento de objetos cortantes (como agulhas e lâminas de barbear) são essenciais para reduzir o risco de contaminação.

Além disso, a vacinação é uma das principais estratégias de prevenção das hepatites virais. As vacinas contra a hepatite A e B estão disponíveis e devem ser aplicadas de acordo com o calendário de imunização. É importante ressaltar que a vacinação é fundamental não apenas para proteger a si mesmo, mas também para evitar a transmissão dessas doenças para outras pessoas.

No caso da hepatite C, que não possui vacina disponível, a prevenção se concentra na adoção de medidas de precaução para evitar o contato com sangue infectado. Pessoas que compartilham seringas, realizam tatuagens ou piercings em condições inadequadas de higiene, ou têm múltiplos parceiros sexuais sem fazer uso de preservativo estão mais suscetíveis esse tipo de hepatite. Portanto, é fundamental adotar práticas seguras e fazer testes regulares para detecção precoce dessa doença, como:

– Usar preservativo durante as relações sexuais; 

– Evitar compartilhar agulhas, lâminas ou outros objetos; 

– Não usar objetos que estão em contato com o sangue de outra pessoa, como escovas de dentes, lâminas de barbear, etc; 

– Não partilhar objetos (tais como utensílios ou talheres) que possam estar em contato com o sangue.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce das hepatites virais é fundamental para o tratamento adequado e a prevenção de complicações. 

É importante que as pessoas estejam atentas aos sintomas e, caso apresentem sinais de inflamação do fígado, procurem um profissional de saúde para realizar exames mais específicos.

Os testes para hepatites virais incluem a dosagem de enzimas hepáticas, sorologia e testes moleculares para detecção do material genético dos vírus. Com base nos resultados desses exames, o médico poderá indicar o tratamento adequado, que pode variar desde a orientação de repouso e cuidados alimentares até a administração de medicamentos antivirais.

Além disso, é importante lembrar que a hepatite C, por exemplo, é uma doença que tem cura. Os avanços na área da medicina têm possibilitado o desenvolvimento de medicamentos altamente eficazes no combate ao vírus, proporcionando altas taxas de cura. 

Assim, é importante praticar comportamentos seguros e responsáveis para evitar o contágio da doença, tais como:

Leia também: 5 curiosidades sobre seu aparelho digestivo

Tratamento

Os casos mais leves de hepatites virais podem ser tratados com medicamentos antivirais. No entanto, em casos mais graves, o tratamento pode incluir cirurgia, terapia de reposição hormonal ou transplante de fígado

Ainda existem tratamentos alternativos que podem ser usados em conjunto com os medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Estes tratamentos alternativos incluem a fitoterapia, o yoga e a meditação, bem como a acupuntura e a terapia nutricional. 

Riscos associados à doença

As hepatites virais são doenças graves e podem ser fatais quando não são tratadas corretamente. 

Entre os riscos associados à essas doenças estão o desenvolvimento de fibrose, cirrose, câncer de fígado e insuficiência hepática. Além disso, cerca de 10% dos pacientes que desenvolvem hepatite crônica acabam desenvolvendo câncer de fígado

É muito importante que todos se conscientizem dos riscos associados às doenças a fim de prevenir a infecção e procurar ajuda médica caso haja a identificação de algum dos sintomas. 

A informação e a conscientização são ferramentas poderosas na luta contra as hepatites virais, e todos temos um papel importante nessa batalha.
Cuide bem da saúde do seu fígado! Conte com os especialistas da ProctoGastro Clínica!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *