Alergia à proteína do leite ou intolerância à lactose? Qual a diferença?

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A intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite são duas condições comuns relacionadas ao consumo de produtos lácteos, porém, muitas pessoas ainda as confundem ou as consideram a mesma coisa. Porém, são distintas, com causas, sintomas e tratamentos diferentes. 


No artigo de hoje, vamos explicar as diferenças entre ambas, a fim de esclarecer esses conceitos e facilitar o entendimento e o manejo dessas duas condições.
Leia este artigo até o final.

Alergia à proteína do leite

Mais comum em lactentes e crianças, a alergia à proteína do leite é uma reação adversa do sistema imunológico a uma ou mais proteínas encontradas no leite de vaca e em produtos derivados. Sua causa subjacente é uma resposta imunológica anormal a essas proteínas, que pode ser desencadeada pelo consumo de leite ou produtos lácteos que as contenham.

Sintomas

Os sintomas da alergia à proteína do leite podem variar em gravidade e também afetar diferentes sistemas do corpo. 


Alguns dos sintomas mais comuns podem acometer o aparelho digestivo (dor abdominal, diarreia, vômitos e cólicas), sistema respiratório (espirros, congestão nasal, tosse, dificuldade para respirar, etc), manifestações cutâneas (urticária, vermelhidão, etc) e, em casos mais graves, reação anafilática, levando ao inchaço da garganta, dificuldade em respirar, pressão arterial baixa e perda de consciência. A anafilaxia é uma emergência médica e requer tratamento imediato.


É importante notar que os sintomas da alergia à proteína do leite podem ocorrer minutos ou até mesmo horas após a ingestão de leite, ou derivados.


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Diagnóstico 

O diagnóstico da alergia à proteína do leite geralmente envolve uma combinação de histórico médico detalhado, exames físicos, testes de alergia, como cutâneos ou exames de sangue, para detecção de anticorpos específicos (IgE), e testes de eliminação de alimentos.

Tratamento

O tratamento mais eficaz para a alergia à proteína do leite é evitar completamente os produtos que contenham proteínas do leite. 


Em casos de lactentes, a mãe deve ter uma dieta especial isenta de leite e derivados.

Intolerância à lactose

Você sabia que até 70% dos adultos têm algum grau de intolerância à lactose? Pois é, ela mais comum em adultos e idosos, mas também é possível ocorrer na infância.


A intolerância à lactose é a incapacidade total ou parcial de digerir a lactose, o açúcar do leite, devido à baixa ou nenhuma produção da enzima lactase pelo intestino delgado.


Sem sofrer a quebra necessária no intestino delgado, a lactose chega intacta ao intestino grosso, onde ela se acumula e é fermentada por bactérias que fabricam o ácido lático e os gases, promovendo maior retenção de água e o aparecimento de diarreias e cólicas.


A intolerância à lactose pode ser de três tipos:

Congênita

Quando a criança já nasce sem condições de produzir lactase. Esta é uma condição rara, mas crônica.

Primária

Quando há a diminuição natural e progressiva na produção de lactase a partir da adolescência e até o fim da vida. Esta é a forma mais comum dessa condição.

Secundária

Ocorre quando a produção de lactase é afetada por doenças intestinais, como diarreias, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, doença celíaca, ou alergia à proteína do leite, por exemplo.


Nesses casos, a intolerância pode ser temporária e desaparecer com o controle da doença base.

Sintomas da intolerância à lactose

Os sintomas da intolerância à lactose geralmente estão relacionados ao trato gastrointestinal e podem incluir: dor abdominal, cólicas, distensão abdominal, diarreia, gases e náuseas.


É importante observar que os sintomas da intolerância à lactose ocorrem tipicamente algumas horas após o consumo de produtos lácteos.


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Diagnóstico

O diagnóstico da intolerância à lactose pode ser feito com base nos sintomas relatados pelo paciente, mas também pode envolver testes específicos, como o teste de hidrogênio expirado ou um teste de intolerância à lactose no sangue.

Tratamento

Nem sempre é necessário eliminar totalmente o leite e seus derivados da dieta. É possível controlar a condição apenas reduzindo o consumo de lactose.


A maioria das pessoas com intolerância à lactose pode continuar a desfrutar de produtos lácteos com baixo teor de lactose, ou usar suplementos de lactase antes de consumir produtos lácteos. 


Além disso, muitas alternativas aos produtos lácteos, como leites vegetais (soja, amêndoa, aveia), estão amplamente disponíveis no mercado e são uma opção para aqueles que não podem tolerar a lactose.


A avaliação de um gastroenterologista ou um gastropediatra é importante para o diagnóstico da intolerância ou da alergia ao leite e fundamental para uma vida saudável.


Conte sempre com os especialistas da ProctoGastro Clínica!

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